Abaixo são exibidos exemplos práticos de como programar fórmulas com base nas informações de manuais agronômicos. Os exemplos são:

1) Recomendação de Calagem para Soja pelo IAC

2) Recomendação de Fosfatagem para Soja pelo IAC 

3) Recomendação de Calagem para Soja pela Embrapa Cerrados

Calagem para Soja - IAC

O calcário tem por função aumentar a saturação por base no solo e também aumentar o pH na camada corrigida. Segundo a recomendação do manual de adubação do IAC, a quantidade de calcário a aplicar, para elevar a saturação de base do solo de um valor atual, V1 (%), a um valor maior, V2 (%), é calculada pela seguinte equação:

onde:

NC é a necessidade de calagem (ton/ha);

CTC é a capacidade de troca de cátions (cmol/dm³) do solo

PRNT representa a pureza e reatividade do calcário a ser aplicado.

Segundo o manual do IAC, a saturação por base ideal para a cultura da soja é 60%.

Criando a Fórmula no FalkerMap Plus

Nessa seção, será explicado como criar a fórmula para aplicação de calcário para soja segundo o manual da IAC.

Serão necessários dois mapas de entrada: de saturação de base atual (V%), denominado V% atual e o de Capacidade de Troca Catiônica (CTC).

Para cada mapa de entrada, deve existir um Bloco de Entrada. Neste exemplo, os blocos de entrada são o de V% atual, cuja unidade configurada deverá ser %, e o bloco CTC, cuja unidade configurada deverá ser cmolc/dm³.

Lembrando da equação de calagem citada na seção acima, subtraí-se do valor da V% atual a V% que desejamos alcançar que é 60%. Para isso, é necessário utilizar o bloco Subtração Valor. Como o resultado será negativo, utiliza-se o bloco Outras Operações e seleciona-se a operação Trocar Sinal.

Na sequência, multiplica-se o valor pela CTC utilizando-se o bloco Multiplicação Mapas. O resultado da operação deve ser dividido pelo PRNT do calcário. Para isso, utiliza-se o bloco Divisão Valor.

Como a maioria das controladoras trabalha com as informações do mapa em kg/ha, multiplicamos a informação por 1000 para transformar de ton/ha para kg/ha.

Para termos controle sobre o menor e o maior valor de dose a ser aplicada, utiliza-se o bloco Limite onde pode-se configurar qual será o limite mínimo e máximo do resultado do cálculo.

Para finalizar, utilizamos o bloco Arredondar configurado com o tipo de arredondamento em Múltiplo e valor do múltiplo 10 (10 em 10Kg) para o arredondamento das doses. Fez-se isso para reduzir a quantidade de valores de dose e evitar que a controladora fique continuamente trocando a dose.

Fosfatagem para Soja - IAC

A utilização da fosfatagem corretiva total (aplicação de P a lanço) para a correção dos teores de P de solo muito baixos é uma prática que vem sendo muito difundida principalmente em áreas de solos de cerrado. Quando há utilização deste manejo, as adubações fosfatadas subsequentes para a cultura baseiam-se apenas no fósforo para manutenção de acordo com a produtividade esperada.

O fósforo é um nutriente analisado em laboratório, normalmente, por dois métodos principais Mehlich e Resina, sendo estes usados e aceitos conforme cada região do Brasil. A principal diferença entre os métodos de análise, é que para usar as tabelas de recomendação de fósforo em Mehlich, necessita-se também da textura do solo da área.

Lembramos também que o adubo a ser aplicado possui um % de P2O5 (Fósforo), % de K2O (Potássio) ou % de N (Nitrogênio), por isso se deve antes de utilizar o bloco de saída, usar um Bloco de Divisão Valor para acertar esta questão.

Tomando por base as informações contidas nas tabelas de recomendação de P2O5 do manual de recomendação do IAC, que utiliza como padrão o método da Resina, onde não se necessita da argila para interpretação do nível de Fósforo e montamos a fórmula abaixo:

Criando a Fórmula no FalkerMap Plus

Para esta fórmula, necessitamos de somente um mapa de entrada, o de Fósforo analisado pelo método da Resina, denominado P.

Para cada mapa de entrada, deve existir um bloco de entrada na fórmula. Neste caso, o bloco de entrada é o somente de P, cuja unidade configurada é mg/dm³.

Visualizando a tabela contida no manual de recomendação de adubação, com os níveis de interpretação do nível de suficiência de P e a recomendação para cada nível de fertilidade é direta, por isso, só necessitamos transcrever a tabela, utilizando o Bloco Tabela.

Seguimos definindo com o Bloco Limite, o limite mínimo e limite máximo do resultado da fórmula, isso fará com que saibamos sempre qual é a menor e maior dose que será aplicada.

Por último, utilizamos o Bloco Arredondar configurado com o tipo de arredondamento em Múltiplo e o valor do múltiplo 1 (1 em 1 Kg) para efetuar o arredondamento das doses do mapa. Fez-se isso para reduzir a quantidade de valores de dose e evitar que a controladora fique continuamente trocando a dose.

Fosfatagem para Soja - Embrapa Cerrados

A utilização da fosfatagem corretiva total (aplicação de P a lanço) para a correção dos teores de P de solo muito baixos é uma prática que vem sendo muito difundida principalmente em áreas de solos de cerrado. Quando há utilização deste manejo, as adubações fosfatadas subsequentes para a cultura baseiam-se apenas no fósforo para manutenção de acordo com a produtividade esperada.

O fósforo é um nutriente analisado em laboratório, normalmente, por dois métodos principais Mehlich e Resina, sendo estes usados e aceitos conforme cada região do Brasil. A principal diferença entre os métodos de análise, é que para usar as tabelas de recomendação de fósforo em Mehlich, necessita-se também da textura do solo da área.

Lembramos também que o adubo a ser aplicado possui um % de P2O5 (Fósforo), % de K2O (Potássio) ou % de N (Nitrogênio), por isso se deve antes de utilizar o bloco de saída, usar um Bloco de Divisão Valor para acertar esta questão.

Tomando por base as informações contidas nas tabelas de recomendação de P2O5 do manual de recomendação da Embrapa Cerrados, montamos a fórmula abaixo:

Criando a Fórmula no FalkerMap Plus

Para esta fórmula, são necessários dois mapas de entrada, o de Fósforo analisado pelo método de Mehlich, denominado P e o de Percentual de Argila no solo (Argila %).

Para cada mapa de entrada, deve existir um bloco de entrada na fórmula. Neste caso, os blocos de entrada são o de P, cuja unidade configurada será o mg/dm³ e o outro é o de Argila %, cuja unidade é %.

Visualizando a tabela contida no manual de recomendação de adubação, os níveis de adubação e interpretação do nível de suficiência de P no solo dependem da textura do mesmo, por isso, primeiro classificamos o nível de Argila, utilizando o Bloco Tabela. Ao usarmos o Bloco Escolha, utilizaremos a tabela como "Seletor", para definir por qual caminho o valor de P seguirá e será analisado.

De modo prático, é como se olhássemos a textura de um solo e usássemos outra tabela, baseada nesse teor de argila, para definir se o P para aquele solo está muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto e assim, decidirmos qual a recomendação de P2O5.

Uma vez que as análises de fósforo passaram por caminhos diferentes para cada região do mapas, necessitamos utilizar o Bloco União para unir todas as recomendações para o mapa.

Seguimos definindo com o Bloco Limite, o limite mínimo e limite máximo do resultado da fórmula. Isso fará com que saibamos sempre qual é a menor e maior dose que será aplicada.

Por último, utilizamos o Bloco Arredondar configurado com o tipo de arredondamento em Múltiplo e o valor do múltiplo 1 (1 em 1 Kg) para efetuar o arredondamento das doses do mapa. Fez-se isso para reduzir a quantidade de valores de dose e evitar que a controladora fique continuamente trocando a dose.