A análise química do solo é o ponto de partida para uma nova safra, a partir dela serão tomadas decisões fundamentais, como calagem e adubação.

A base da agricultura de precisão é reconhecer as variabilidades da lavoura e tratar de maneira assertiva estas diferenças, visando a otimização da produtividade, redução de custos operacionais e otimização de recursos.
Se observarmos a balança comercial do agronegócio brasineiro, percebemos que os fertilizantes são a categoria que mais “pesa” negativamente em nossa economia, pois somos extremamente dependentes do mercado externo.
Esta dependência externa nos deixa vulneráveis com a oscilação do mercado internacional. Estes fatores demonstram a importância de conhecer a química do solo e realizar a adubação e correção do solo com o que realmente se tem necessidade, evitando desperdício de produto e dinheiro.
Neste artigo você encontrará:
Por que a amostragem de solo é essencial para a produtividade?
Quais são os principais erros na coleta de solo?
Quais as ferramentas utilizadas para coletar solo?
Qual o melhor amostrador de solo para prestadores de serviços?
Quais brocas utilizar para coletar solo?
Por que a amostragem de solo é essencial para a produtividade?
A amostragem do solo consiste na coleta de pequenas porções de solo, chamadas de amostras simples, que serão unidas formando uma amostra composta que representará uma gleba ou quadrante pré determinado.
A amostragem do solo deve representar a fertilidade de uma grande área através da coleta de uma pequena fração de solo, e para que esta amostra seja realmente representativa, a operação deve ser realizada com rigor, evitando erros e contaminações.
Para a amostra ser representativa, deve-se separar a área a ser analisada em glebas homogêneas, onde apresentem menos variações em sua formação e características topográficas, por exemplo, assim a amostra apresentará um valor mais fidedigno para a área.
A amostragem correta levará a um resultado de análise química do solo mais assertivo e, com sua correta interpretação, será possível trabalhar na variabilidade espacial. Através da interpolação dos dados será possível realizar a correção do solo em taxa variável, ou seja, aplicando uma dose maior de calcário nas zonas com restrição química que podem estar diminuindo o rendimento da lavoura.
Lembre-se: A variabilidade espacial representa áreas com diferentes potenciais produtivos, e por tanto, devem receber tratamentos diferentes.
Quais são os principais erros na coleta de solo?
Segundo a literatura, cerca de 90% dos erros nos resultados da análise química e nas recomendações de fertilizantes e corretivos podem ser atribuídos à amostragem no campo, seja por erro na operação de coleta, podendo resultar em contaminação das amostras ou por erro de planejamento, onde os pontos amostrados não representam áreas homogêneas.
A Embrapa define a análise química como a operação desenvolvida em laboratórios, pelo uso de extratores químicos, e posterior determinação quantitativa do elemento, na solução do solo.
O extrator, como o próprio nome diz, tem a capacidade de extrair nutrientes da amostra, simulando o que a planta é capaz de absorver dos elementos essenciais.
A análise química do solo possibilita ao produtor obter informações detalhadas sobre as deficiências ou excesso de nutrientes no solo.
Quais as ferramentas utilizadas para coletar solo?
Escolher o melhor equipamento para amostragem de solo é fundamental para garantir análises precisas e tomadas de decisão eficientes na agricultura de precisão. Para isso, é essencial considerar fatores como o tipo de solo, a área a ser analisada e a frequência das coletas.
As ferramentas variam com a necessidade e a realidade de cada produtor, sendo estabelecida normalmente pela relação custo-benefício.
Em pequenas propriedades, ferramentas manuais como trados podem ser uma opção acessível e que atende a necessidade da coleta, mesmo sendo um trabalho mais árduo. Já em áreas maiores, equipamentos automatizados, como amostradores hidráulicos ou brocas motorizadas, proporcionam maior eficiência, otimizando o tempo operacional e a padronização das amostras.
O ideal é optar por equipamentos que garantam coletas homogêneas e representativas, evitando erros que possam comprometer os resultados. Além disso, investir em tecnologia que facilite o processo pode reduzir custos operacionais e aumentar a produtividade.
Ao escolher o equipamento, é importante buscar um fornecedor confiável e considerar a durabilidade e a facilidade de manutenção do material. Com uma escolha assertiva, a coleta do solo se torna uma grande aliada para o sucesso da lavoura.
Exemplos de equipamentos manuais
Qual o melhor amostrador de solo para prestadores de serviços?
Se você está pensando em começar na área de prestação de serviço na agricultura de precisão e deseja coletar amostras de solo para gerar relatórios e mapas de fertilidades das lavouras, a Falker pode te ajudar!
Como citado anteriormente, o equipamento deve estar alinhado com as necessidades do serviço e com a realidade de cada prestar.
Kit inicial para amostragem de solo:
O Kit Inicial é a ferramenta ideal para quem quer iniciar na Agricultura de Precisão com pouco orçamento e futuramente migrar para amostradores de solo automatizados.
O equipamento é portátil, leve e de fácil operação, o que facilita o seu transporte. O kit pode ser transportado de Moto, não havendo a necessidade de um alto investimento inicial.
Ele pode ser usado com furadeiras/perfuradores a gasolina ou elétrica, capaz de amostrar o solo até 40 cm de profundidade. O Kit Inicial é composto pela broca para amostragem, pote de coleta, base de metal e limitador de profundidade.
O equipamento confere agilidade à operação e garante amostras livres de contaminação e, consequentemente, mais eficiência na análise pelo laboratório e recomendações mais assertivas.
Certamente o melhor custo-benefício para quem quer começar em Agricultura de Precisão e ir crescendo com a tecnologia.
SoloDrill: amostrador de solo Hidráulico
Fácil de usar e com manutenção simples, o SoloDrill é o equipamento mais preciso para a coleta de solo. Ao realizar a coleta de maneira hidráulica, o equipamento evita o erro do operador, garantindo a penetração da haste de maneira correta mesmo que o solo apresente maior índice de compactação.
A partida do motor é elétrica por padrão. Além disso, a amostragem por broca proporciona janelas maiores de operação pois opera em condições de umidade do solo mais amplas.
Para se adaptar a realidade do operador, o equipamento pode ser instalado de diversas maneiras, o mais usual é no quadriciclo, facilitando a operação a campo e garantindo conforto e agilidade no serviço.
Quais brocas utilizar para coletar solo?
Broca Helicoide Simples ⅞”: Com espaçamento longo, é indicada para solos secos, arenosos e turfosos.
Broca Helicoide Dupla ⅞”: Indicada para solos de textura média. Com espaçamento médio, ideal para solos mais úmidos.
Broca Helicoide Fino ⅞”: Indicada para qualquer tipo de solo com pouca umidade. Por seu espaçamento fino, coleta até 20% a mais por amostra.
Ambas as opções de broca são forjadas em aço de liga especial, medem 60cm de comprimento no total, sendo 10cm de encaixe sextavado e 50cm de helicóide (0 a 40cm de coleta).
Investir em tecnologia e na qualidade dos amostradores de solo não é apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade para quem busca altos índices de produtividade e rentabilidade no agronegócio.
Equipamentos precisos e eficientes garantem análises confiáveis, evitando desperdícios de insumos e permitindo um manejo mais inteligente da fertilidade do solo. Além disso, a modernização do processo de amostragem reduz erros humanos, otimiza o tempo no campo e proporciona recomendações mais assertivas para a adubação e correção do solo.
No cenário agrícola atual, onde cada decisão impacta diretamente nos custos e na sustentabilidade da produção, contar com tecnologia de ponta na coleta e análise do solo é um diferencial competitivo que coloca o produtor à frente no mercado.