Antes de investir em Agricultura de Precisão, preste atenção a essas cinco dicas essenciais para sua lavoura
Como toda técnica nova, a Agricultura de Precisão gera muitas dúvidas em quem ainda não começou, mas tem vontade de iniciar.
Devido à pressão cada vez maior dos custos com insumos e também pela busca contínua por maior produtividade, mais e mais produtores querem adotar a Agricultura de Precisão.
Por isso, o tema vem ganhando destaque entre agrônomos e produtores, e é cada vez mais comentado no meio do agronegócio, mas muita coisa básica para que a “magia” da Agricultura de Precisão aconteça ainda não está bem explicada.
Então, para ajudar quem quer começar ou está começando em Agricultura de Precisão, ou mesmo quem pensa em iniciar a operação de manejo de campo com AP, mas ainda está um tanto quanto desconfiado, elaboramos estas 5 dicas que vão ajudar você a entender melhor e a decidir.
Anota aí:
1) Agricultura de Precisão não faz milagre
3) Os resultados da Agricultura de Precisão vêm com o tempo
4) O conhecimento é a base da Agricultura de Precisão
Boa leitura!
1) Agricultura de Precisão não faz milagre
A primeira dica é que Agricultura de Precisão é técnica e tecnologia, logo, não há milagre. Portanto, cuidado se te prometerem resultados milagrosos.
As técnicas estão baseadas em conhecer as variações que existem dentro das áreas e trabalhar para tirar o melhor resultado de cada pedaço da lavoura.
Não há como garantir ganhos imediatos, pois cada lavoura é única e os resultados dependerão também de como ela estava antes de se começar a fazer Agricultura de Precisão.
Leia também: Afinal, o que é Agricultura de Precisão?
2) Não se esqueça do básico
A questão aqui é simples e direta: fazer Agricultura de Precisão não trará bons resultados se os cuidados básicos com a lavoura não forem tomados.
A Agricultura de Precisão não consegue, por si só, corrigir uma lavoura mal semeada ou plantada fora de época.
Portanto, cuide do solo, ele é o maior patrimônio do agricultor. Isso significa dizer que, no plantio direto, tem que haver rotação de culturas e cobertura do solo.
Isso é primordial, e não dá para esquecer de fazer o básico bem feito, desde o planejamento, escolha de sementes e operações na lavoura.
3) Os resultados da Agricultura de Precisão vêm com o tempo
Até existem casos em que os resultados são claros já no primeiro ano, pagando o investimento inicial em Agricultura de Precisão, mas nem sempre isso ocorre, pois a sua eficácia depende de inúmeros fatores, como a situação anterior da lavoura, e também pode haver interferências de variáveis como clima e pragas.
No entanto, os melhores resultados vêm certo com o passar dos anos e o conhecimento que se acumula sobre a área.
Isso porque, normalmente, inicia-se a Agricultura de Precisão mapeando a fertilidade da área e, posteriormente, é possível mapear muitas outras informações como a colheita, a compactação do solo, imagens aéreas ou de satélite ou usar sensores que identificam parâmetros diretos na lavoura, etc.
Leia também: O que é compactação do solo e como isso impacta a agricultura?
São muitas as informações que se analisa para que, somadas, permitam um conhecimento detalhado de toda a área.
Assim, não existe um único tipo de informação ou um dado específico que dirá tudo sobre a área, mas muitos dados que, sobrepostos, permitirão esse conhecimento aprofundado.
A partir dessas informações coletadas, os resultados aparecem com os ajustes graduais do manejo para tirar o melhor proveito das características da área.
E a gestão da lavoura deixa, então, de ser apenas baseada apenas na experiência do produtor e sua equipe e passa a ser feita com números e dados precisos sobre cada talhão da lavoura.
4) O conhecimento é a base da Agricultura de Precisão
Os equipamentos e softwares de Agricultura de Precisão não trabalham sozinhos. É preciso pessoas capacitadas para coordenar seu uso, e o principal conhecimento necessário é o agronômico.
Com conhecimentos básicos de informática, as ferramentas podem ser entendidas com treinamento e prática, mas sem uma boa base agronômica, não há como obter bons resultados de forma consistente.
Logo, a base agronômica da Agricultura de Precisão é a mesma da boa agronomia, mas, em vez de olhar as lavouras pela média, se analisará a fundo as particularidades de cada talhão.
Muitas vezes, para o produtor que quer começar com Agricultura de Precisão, um bom caminho é contratar uma consultoria agronômica, um prestador de serviços em AP que faça o mapeamento da área e oriente na aplicação das recomendações localizadas.
Mas, além dos equipamentos e da condição comercial, antes de contratar um prestador de serviços em Agricultura de Precisão, pesquise sobre o conhecimento agronômico de quem fará as recomendações da sua área, conversando com quem já é cliente da consultoria e assegurando-se de que terá suporte e apoio necessários após o mapeamento.
Isso porque um bom trabalho de Agricultura de Precisão não pode se encerrar com a entrega dos mapas, mas deve seguir ao longo dos ciclos agrícolas.
Para o produtor que possui áreas maiores e uma equipe agronômica pronta e qualificada já responsável pela área, o investimento em equipamentos para fazer a coleta para análise de solo e o mapeamento na própria fazenda pode ser uma boa alternativa.
Ninguém conhecerá melhor a área do que essa equipe já dedicada, a Agricultura de Precisão será acompanhada durante todo o ciclo das culturas e as decisões sobre recomendação ficam todas dentro de casa mesmo.
5) Busque produtividade
Com as técnicas de Agricultura de Precisão, é possível buscar uma redução de custos, com menor uso de insumos sem afetar a produtividade.
No entanto, na maioria das vezes, esta redução é obtida usando-se a “poupança” de nutrientes presentes no solo.
Em anos de cenário econômico difícil, pode ser uma alternativa, mas deve ser uma escolha consciente do produtor.
Por outro lado, o aumento de produtividade é um objetivo que pode ser buscado continuamente, atacando os gargalos de produção que a Agricultura de Precisão consegue identificar.
Esse é um objetivo sustentável, que pode ser alcançado mantendo o nível de investimento sob controle e mensurado através das decisões baseadas em dados.
A não ser em situações especiais, a busca contínua por maiores produtividades deve ser o objetivo, calculando os custos de forma mais precisa.
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