A Agricultura de Precisão reúne técnicas de gestão da produção rural com o objetivo de otimizar custos e aumentar a produtividade agrícola.

 

O termo Agricultura de Precisão vem ganhando cada vez mais espaço no meio do agronegócio em todo o mundo, e não poderia ser diferente no Brasil, um dos maiores produtores de grãos do mundo. 

Conforme o Boletim Técnico Agricultura de Precisão (2013, p. 5), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, no Brasil, as atividades de Agricultura de Precisão datam de 1995 com a importação de equipamentos, especialmente colhedoras equipadas com monitores de produtividade.

Apesar desses quase 30 anos se falando em Agricultura de Precisão no Brasil, a “AP” (como é conhecida a Agricultura de Precisão no meio do agronegócio) ainda desperta muitas dúvidas e até mesmo alguma desconfiança, especialmente entre os produtores rurais mais tradicionais.

Se, por um lado, o mercado agro está se rendendo à “novidade”, com muitos herdeiros de fazendas se especializando em cursos universitários de agronomia ou engenharia agrícola e, depois, retornando às suas fazendas para assumir o negócio da família, levando consigo os conceitos e as tecnologias da Agricultura de Precisão, por outro, a AP ainda carece de capilarizar mais a informação sobre seus benefícios e preparar melhor os agricultores e trabalhadores agrícolas para uma agricultura baseada em dados.

Por isso, para ajudar você a entender um pouco mais sobre a Agricultura de Precisão, nós da Falker preparamos este artigo. Não temos a pretensão de esgotar o assunto ou mesmo ditar definições, mas sim servir de uma base confiável de informação sobre Agricultura de Precisão. 

Afinal, esse é o nosso negócio e, modéstia à parte, de Agricultura de Precisão nós da Falker entendemos. Aqui, você verá:

 

O que é Agricultura de Precisão?

Agricultura de Precisão no Brasil.

Definição de Agricultura de Precisão

Objetivos da Agricultura de Precisão.

Boa leitura!

 

Tem muita gente que acha que Agricultura de Precisão é colocar GPS nas máquinas ou drones sobrevoando as lavouras para tirar fotos e, com isso, saber se as plantas estão se desenvolvendo bem.

Acontece que a utilização de GPS nas máquinas agrícolas, por si só, não traz nenhum dado preciso sobre a lavoura além da exata localização do maquinário no campo, e o uso da fotografia aérea simples feita por celulares acoplados a drones, funciona apenas como uma extensão dos olhos do produtor, só que de cima para baixo.

Aqui, um parênteses: há, contudo, um outro uso de drone na Agricultura de Precisão, com fotografias de câmeras NDVI – sigla em inglês para Normalized Difference Vegetation Index, ou Índice de Vegetação da Diferença Normalizada, em português –, que pode ser considerado Agricultura de Precisão, pois fornece informações pertinentes para a tomada de decisão agronômica, porém é apenas uma parte de um conceito e de um processo mais amplos, mas sobre isso falaremos mais detalhadamente em outro artigo.

Outro grande mito é acreditar que é só coletar os dados nas diversas fases da lavoura, com a utilização de equipamentos de Agricultura de Precisão e os instrumentos vão nos dar uma resposta pronta sobre o manejo a ser aplicado na lavoura. A verdade é que os dados coletados carecem de interpretação por um profissional habilitado para, aí sim, decidir sobre o manejo correto a ser providenciado.

Portanto, dito o que não é Agricultura de Precisão, vamos agora dizer o que é Agricultura de Precisão, mas, antes, uma contextualização histórica sobre a AP.

 

No mundo, “a prática remonta aos anos 1980, quando na Europa foi gerado o primeiro mapa de produtividade e nos EUA fez-se a primeira adubação com doses variadas. Mas o que deu o passo determinante para a sua implementação foi o surgimento do GPS (Sistema Posicionamento Global por satélites), em torno de 1990” (José Paulo Molin, USP/ESALQ, em Boletim Técnico Agricultura de Precisão, p.5).

Já aqui no Brasil, conforme falamos, o conceito de Agricultura de Precisão vem sendo introduzido desde meados da década de 1990.

Contudo, mesmo tanto tempo depois dos seus primeiros passos no País, profissionais, estudiosos e empresários do setor ainda viam muitas dificuldades para difundir os benefícios da Agricultura de Precisão e potencializar ainda mais o Brasil como “celeiro do mundo”. 

Por isso, visando contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico, inovação e difusão do uso de práticas, técnicas e tecnologias de Agricultura de Precisão, em 2016, foi fundada a Associação Brasileira de Agricultura de Precisão e Digital – AsBraAP.

Hoje, quase três décadas após o surgimento da Agricultura de Precisão no Brasil e seis anos após a fundação da AsBraAP, os conceitos de AP e sua importância para a maximização da produção agrícola são bastante aceitos no meio do agronegócio.

Assim, o desafio agora é levar a profissionais do agronegócio no país inteiro os diversos equipamentos de Agricultura de Precisão que surgem a todo momento de forma acelerada, movidos pelo rápido e constante avanço tecnológico, bem como o conhecimento necessário não apenas para manuseio mas, fundamentalmente, para interpretação dos dados coletados no campo e consequente ação baseada em informações precisas.

 

Conforme o dicionário Léxico, a palavra “precisão” significa “característica do que é preciso”, e são seus sinônimos, entre outros, os termos acerto, certeza, correção, exatidão.

Por essa definição, podemos pressupor que a Agricultura de Precisão visa estabelecer maior assertividade e exatidão à prática agrícola. 

Mas não é tão simplista assim: quando se fala em maior assertividade com a Agricultura de Precisão, precisamos aprofundar um pouco mais essa definição para uma melhor compreensão. Para isso, vamos trazer algumas definições oficiais.

Conforme documento do Ministério da Agricultura, e que está na primeira página do Google quando se busca pelo conceito de Agricultura de Precisão, AP “é um sistema de gerenciamento agrícola baseado na variação espacial e temporal da unidade produtiva e visa ao aumento de retorno econômico, à sustentabilidade e à minimização do efeito ao ambiente”. 

Esse conceito foi definido pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão - CBAP, órgão de caráter consultivo e propositivo vinculado ao Ministério da Agricultura, que conta com a participação das principais representações do setor da Agricultura de Precisão no País e tem como objetivo fortalecer o conjunto de ações entre os ramos de pesquisa, ensino e desenvolvimento de tecnologias voltadas à AP. 

Já a Associação Brasileira de Agricultura de Precisão - AsBraAP, da qual a Falker é sócia fundadora, adota, além dessa, também uma outra definição da Associação Internacional de Agricultura de Precisão - Ispa , que afirma que “Agricultura de Precisão é uma estratégia de gestão que reúne, processa e analisa dados temporais, individuais e espaciais e os combina com outras informações para apoiar as decisões de gerenciamento de acordo com a variabilidade estimada para melhorar a eficiência no uso de recursos, produtividade, qualidade, rentabilidade e sustentabilidade da produção agropecuária”.

Chama a atenção que ambas as definições incluem as expressões gerenciamento agrícola, variação ou variabilidade de espaço e tempo, e têm o retorno econômico, rentabilidade, eficiência ou produtividade como fim.

 

Dados os conceitos oficiais acima sobre o que é Agricultura de Precisão, é importante ficar claro que a AP busca melhorar o gerenciamento das lavouras, considerando que as mesmas não são uniformes e usando ferramentas tecnológicas para tirar os melhores resultados de cada porção das lavouras.

Assim, podemos definir que o objetivo da Agricultura de Precisão é garantir o correto manejo das plantas através de informações capazes de diagnosticar a necessidade de eventuais correções nutricionais para que se tenha uma maior assertividade sobre a colheita que virá, viabilizando, assim, um planejamento de safra o mais exato possível, bem como possibilitando que se atinja o maior patamar de lucratividade viável por hectare plantado, consideradas as variações da área e no tempo. 

Porém, precisamos destacar que existem dois objetivos diferentes - embora complementares e não concorrentes - contidos nessa definição: para o engenheiro agrônomo, o objetivo principal da Agricultura de Precisão é buscar dados exatos e geolocalizados sobre a necessidade e possibilidade de intervenções que permitam o aumento da produtividade e, consequentemente, da lucratividade do produtor; já para o agricultor, o objetivo principal é, com base nos dados e na ação do agrônomo, otimizar custos, garantir a máxima produtividade permitida em cada área da fazenda respeitada sua variação espacial, e, consequentemente, uma lucratividade superior por hectare plantado. 

Assim, com essa distinção, podemos compreender o quanto os engenheiros agrônomo e agrícola exercem função central para o alcance dos objetivos propostos, aplicando as técnicas de Agricultura de Precisão, captando e aferindo dados, diagnosticando eventuais problemas e efetuando o manejo mais indicado para garantir a saúde das plantas.

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Agora que você entendeu um pouco mais sobre o que é Agricultura de Precisão, acesse nosso site  e veja tudo que a Falker pode fazer pela Agricultura de Precisão no seu negócio. 

Nossos equipamentos de Agricultura de Precisão foram pensados e desenvolvidos para o agrônomo e produtor rural, testados e aprovados por profissionais em todos os estados do Brasil e em 40 países!