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Quais são as etapas da agricultura de precisão?

As etapas da agricultura de precisão não necessariamente se desencadeiam individualmente, mas sim como um sistema integrado e sincronizado

 

Quais são as etapas da agricultura de precisão?

Como já falamos aqui no blog, no artigo Afinal, o que é agricultura de precisão?, data de 1995 que o termo agricultura de precisão ganhou força no Brasil a partir da importação de equipamentos de colheita mecânica munidos com sistemas de mapeamento de produtividade, uma revolução à época por possibilitar uma investigação aprofundada da variabilidade espacial da produtividade das lavouras.

Contudo, como apresentou o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Evandro Mantovani na mesa redonda sobre Agricultura de Precisão do 1º Simpósio Regional Nordeste de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, promovido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros em 2002, “esta inovação tecnológica, além de ser uma excelente ferramenta de gerenciamento dos campos de produção é somente, a primeira etapa do ciclo de agricultura de precisão”.

Coletar as informações em campo é fundamental, pois possibilita, a partir dos dados, a sistematização e análise desses diagnósticos, e subsidia a tomada de decisão sobre o manejo adequado bem como a aplicação propriamente dita desse manejo localizado na lavoura

Porém, a coleta de dados é apenas a primeira etapa. Quantas e quais são todas as etapas da agricultura de precisão será, justamente, o objeto deste artigo. Aqui você verá:

Etapa 1 – Coleta de Dados na agricultura de precisão

Etapa 2 – Compilação e análise dos dados da agricultura de precisão

Etapa 3 – Planejamento e tomada de decisão na agricultura de precisão

Etapa 4 – Aplicação localizada em campo

Falker, a parceira do agrônomo para coleta e análise de dados para agricultura de precisão

Boa leitura.

 

Etapa 1 – Coleta de Dados na agricultura de precisão

Na agricultura convencional, as variabilidades presentes em uma lavoura são desconsideradas no planejamento e nas definições dos manejos a serem implementados, aplicando-se insumos de maneira uniforme a partir de uma média.

Essa prática pode ocasionar uma gestão errada da lavoura uma vez que as aplicações de insumos são feitas em doses maiores ou menores do que as necessárias em muitas regiões da fazenda, acarretando maior gasto, menor aproveitamento e, consequentemente, menor rentabilidade do agronegócio.

Com a agricultura de precisão passou-se a considerar que a gestão da heterogeneidade existente nas lavouras deva ser realizada constantemente por meio de quatro etapas.

A primeira etapa é, então, a coleta de informações agrícolas, responsável por investigar a variabilidade, tanto nos fatores de produção (solo, presença de água, nutrição das plantas, etc.) quanto da produtividade (sacas por hectare).

Assim, a estratégia fundamental da agricultura de precisão é reconhecer previamente a variabilidade na produção ou mesmo no desenvolvimento da cultura através de técnicas de sensoriamento a fim de identificar os agentes responsáveis por esta desuniformidade.

Porém, antes de darmos sequência para explicar as próximas etapas da agricultura de precisão, é importante entender que as etapas da AP não têm correlação direta com as fases da lavoura, podendo cada etapa da AP ser utilizada em diferentes estágios da plantação

Assim, a etapa 1, a coleta de dados, pode – e deve – ser realizada tanto na fase de preparação do solo quanto no desenvolvimento das plantas e até mesmo na colheita. 

 

Etapa 2 – Compilação e análise dos dados da agricultura de precisão

Como explicamos, a coleta de dados da agricultura de precisão é constante e em todos os estágios da lavoura. Porém, somente coletar os dados não significa diagnosticar algum problema, muito menos que a solução está dada.

Para que a agricultura de precisão faça sentido para quem investe nela, os dados coletados precisam ser compilados, analisados e entendidos para que o agrônomo possa propor manejos adequados.

Nesta etapa são geradas tabelas, gráficos e mapas de diagnóstico georrefenciados com processamento de informações e imagens através de softwares, sistemas e aplicativos desenvolvidos especialmente para a agricultura de precisão onde é possível cruzar e interpolar uma grande quantidade de dados e gerar mapas de alta densidade.

Novamente é importante ressaltar: essa compilação e análise dos dados se dá de forma constante e em todos os estágios de uma lavoura.

A partir dos mapas de diagnóstico, utilizando os conhecimentos obtidos com a análise de dados, os agrônomos e agricultores podem otimizar suas práticas agrícolas para aumentar o rendimento, reduzir o desperdício e minimizar o impacto ambiental. Isto pode levar a uma significativa economia de custos, bem como a uma melhor rentabilidade e sustentabilidade. 

A compilação e análise de dados na agricultura de precisão é um componente crítico das práticas agrícolas modernas, pois ainda faltam profissionais capacitados para processar, entender e propor manejos baseados em dados.

 

Etapa 3 - Planejamento e tomada de decisão na agricultura de precisão

Os mapas de diagnóstico agronômicos, sejam eles de fertilidade, de compactação do solo, de índice NDVI ou outros, são o “raio-X da lavoura”, a informação mais completa que o agrônomo e o produtor têm para subsidiar a tomada de decisão.

É a partir da análise e interpolação dos dados obtidos em campo que são gerados esses mapas e, então, o agrônomo ou diretamente o produtor pode realizar o planejamento dos manejos necessários para cada ponto da lavoura.

É neste momento que, através do seu conhecimento técnico, o agrônomo é capaz de interpretar os mapas de diagnóstico e identificar rapidamente as diferentes variabilidades na área, propondo o manejo mais adequado e localizado para cada área da lavoura através de mapas de recomendação em taxa variável.

Leia também: Agricultura de precisão, tecnologia e dados ajudam a gerenciar insumos escassos

A ação proposta pelo agrônomo através desses mapas de recomendação pode ser de manejo localizado de mais ou menos população de sementes, de mais ou menos irrigação, de mais ou menos uso de fertilizantes e corretivos, de mais ou menos uso de agrodefensivos, enfim, tudo com o objetivo de otimizar os custos e garantir que cada área da lavoura extraia a máxima produtividade possível.

E assim como todas as etapas da agricultura de precisão, esse manejo a ser recomendado pelo agrônomo pode ser tanto na fase pré-plantio, no plantio ou no desenvolvimento das plantas.

 

Etapa 4 – Aplicação localizada em campo

Como falamos, a coleta e análise de dados é a base da agricultura de precisão, mas é na etapa de aplicação que todo o investimento em AP se transforma em ganho real para o agronegócio. 

Se na agricultura tradicional a execução de manejos como irrigação, adubação e aplicação de defensivos fitossanitários, por exemplo, eram realizados de forma igual em toda a área, na agricultura de precisão se considera que as regiões de uma lavoura não são homogêneas, ou seja, possuem variações que podem – e devem – ser consideradas.

Desse entendimento derivou um termo muito utilizado em todas aplicações da agricultura de precisão: as taxas variáveis.

Para isso, todos os dados coletados na Etapa 1 são processados de forma georreferenciada com o objetivo de identificar locais na lavoura que necessitem de mais ou menos manejo.

O resultado é uma aplicação mais eficiente, onde áreas com baixa fertilidade ou maior incidência de pragas e doenças recebem a aplicação de fertilizantes, agro defensivos, irrigação e até doses de sementes diferenciadas conforme a necessidade do local.

É importante ressaltar que as etapas da agricultura de precisão não necessariamente se desencadeiam individualmente, mas sim como um sistema integrado onde, muitas vezes, a aplicação de um manejo (etapa 4) acontece concomitantemente com uma coleta de dados (etapa 1). 

É o que acontece, por exemplo, na colheita de grão, onde colheitadeiras modernas, à medida que procedem à colheita, já coletam dados referentes à localização (GPS) e à produtividade alcançada naquele talhão. 

Outros exemplos são na irrigação, que pode acontecer simultaneamente à medição da umidade do solo, ou na pulverização de defensivos agrícolas, que pode ser feita ao mesmo tempo da medição do índice NDVI.

 

Falker, a parceira do agrônomo para coleta e análise de dados para agricultura de precisão

Como vimos, as etapas 1 (coleta de informações da lavoura) e 2 (compilação e análise dos dados) são a base da agricultura de precisão, sem as quais nenhum manejo localizado e variável é possível. 

Sem estas etapas, todo manejo agronômico ainda seria tomado pela média geral da lavoura, e isso não caracterizaria agricultura de precisão.

A Falker é uma indústria especializada em equipamentos de coleta de dados agronômicos em campo e por isso somos parceiros do agrônomo na implantação das técnicas de agricultura de precisão.

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